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Guido Crepax
Guido Crepax
Guido Crepax nasceu em 1933 na cidade de Milão, em uma família de músicos vindos de Veneza. Seu pai fez fama como violoncelista no Teatro alla Scala, principal casa da ópera milanesa, e seu irmão mais velho seguiu carreira como empresário e produtor fonográfico. Apaixonado pela nona arte desde criança, Guido fez suas primeiras HQs bem cedo, aos doze anos, com adaptações de O Homem Invisível e O Médico e o Monstro.
Aos 20 anos, se matriculou no curso de arquitetura da Universidade de Milão, mas não chegou a seguir carreira. Crepax estreou como quadrinista profissional em 1965, no segundo número da importante revista Linus, fundada pelo grupo de intelectuais comunistas que frequentavam a livraria Milano Libri. A história era estrelada pelo crítico de arte Philip Rembrandt, um alter ego do próprio autor, que nas horas vagas combatia o crime como o super-herói Neutron. Mas quem roubou a cena foi a namorada de Neutron, a fotógrafa de moda Valentina Rosselli, inspirada tanto pela atriz Louise Brooks quanto por Luisa Mandelli, esposa de Guido. Aos poucos, Valentina foi conquistando o coração dos leitores e se tornando a grande protagonista da série.
Para além das aventuras eróticas de Valentina, pelas quais ficou mais conhecido, Crepax também passeou pelas space operas, histórias de guerra e, principalmente, pelas adaptações literárias, tendo transposto para os quadrinhos obras de grandes autores como Bram Stoker, Edgar Alan Poe, Franz Kafka e Marquês de Sade. Além disso, ele também era um grande entusiasta e desenvolvedor de jogos de tabuleiro, tendo feito alguns dos primeiros wargames italianos.
Crepax faleceu em 2003, aos 70 anos, após uma longa batalha contra a esclerose múltipla, deixando um legado incontestável como um dos maiores mestres dos quadrinhos mundiais e um dos mais ousados experimentalistas do meio.